Caixa separadora de água e óleo industrial: importância e aplicações

Em ambientes industriais, a gestão eficaz de efluentes é crucial para minimizar impactos ambientais e cumprir com regulamentações rigorosas. Uma das ferramentas essenciais nesse processo é a caixa separadora de água e óleo (SAO), um dispositivo projetado para separar e remover óleos e graxas de águas residuais antes de sua liberação no meio ambiente ou recirculação no sistema de produção.

Este artigo explora o que são as caixas SAO, sua importância e onde são utilizadas na indústria.

O que é caixa separadora de água e óleo?

A caixa separadora de água e óleo é um sistema que utiliza diferenças de densidade entre óleo e água para separá-los fisicamente. O óleo, sendo menos denso, flutua para a superfície da água, onde pode ser removido, enquanto a água limpa é descarregada ou reutilizada. Este processo é vital para prevenir a contaminação de recursos hídricos e para garantir que as descargas industriais atendam aos padrões ambientais.

Para que serve?

A principal função da caixa SAO é proteger o meio ambiente da poluição por óleos e graxas, que são comumente presentes em efluentes industriais. Além de suas implicações ambientais, a presença de óleo nos efluentes pode causar problemas operacionais, como entupimento de tubulações e sistemas de tratamento, aumentando os custos de manutenção.

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Onde é utilizada?

1. Indústrias Metalúrgicas e Mecânicas

Nestas indústrias, lubrificantes e óleos de corte são amplamente utilizados no processo de fabricação. A caixa SAO é essencial para tratar a água usada na limpeza de peças e equipamentos antes de sua descarga ou reutilização.

2. Oficinas Mecânicas e Lava-Rápidos

A lavagem de veículos e peças gera efluentes ricos em óleos e graxas. As caixas SAO são fundamentais para tratar essas águas, protegendo o sistema de esgoto e o meio ambiente.

3. Indústria Alimentícia

Embora menos óbvio, o setor alimentício, especialmente aqueles que processam carnes e laticínios, também pode gerar efluentes com altos níveis de gorduras que necessitam de tratamento através das caixas SAO para evitar bloqueios e odores em sistemas de esgoto.

4. Postos de Combustível e Terminais de Petróleo

Esses locais lidam diretamente com produtos petrolíferos, tornando as caixas SAO indispensáveis para tratar derramamentos acidentais e águas de lavagem, prevenindo a contaminação do solo e da água subterrânea.

Produtos químicos e de limpeza

No contexto das caixas separadoras de água e óleo (SAO), diversos produtos químicos e soluções de limpeza são empregados tanto na manutenção quanto na operação desses sistemas. Esses produtos são essenciais para garantir a eficiência na separação de óleo e água e para assegurar a conformidade com as normas ambientais.

1. Coagulantes e Floculantes

Estes produtos são adicionados aos efluentes antes de entrarem na caixa SAO para facilitar a aglutinação de partículas oleosas, melhorando sua separação da água. Coagulantes como sulfato de alumínio e cloreto férrico, e floculantes poliméricos são comumente usados.

2. Desemulsificantes

Os desemulsificantes são produtos químicos específicos que quebram emulsões de óleo em água, permitindo que o óleo se separe e flutue mais facilmente. São especialmente úteis em efluentes que contêm misturas complexas de óleos e água.

3. Biorremediadores

Produtos baseados em microrganismos capazes de degradar óleos e graxas podem ser aplicados como um tratamento secundário após a separação. Eles ajudam a reduzir ainda mais a carga orgânica dos efluentes, facilitando o cumprimento de padrões de descarga.

4. Produtos de Limpeza Específicos

Para a manutenção e limpeza das caixas SAO, são utilizados produtos de limpeza especializados que não comprometem a integridade dos componentes do sistema. Estes incluem soluções desengraxantes biodegradáveis e limpadores que não geram resíduos prejudiciais.

Normas e leis

Leis e Normas Brasileiras que Estabelecem o Uso de Caixa Separadora de Água e Óleo

A legislação brasileira, por meio de diferentes normas e resoluções, estabelece diretrizes claras para o tratamento de efluentes industriais, incluindo o uso de caixas SAO. Estas leis visam proteger os recursos hídricos e o meio ambiente de contaminações nocivas.

1. CONAMA 430/2011

A Resolução nº 430 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), de 2011, complementa e altera a Resolução nº 357/2005, estabelecendo condições e padrões de lançamento de efluentes, e menciona a necessidade de tratamento adequado de efluentes contendo óleos e graxas antes de sua descarga no meio ambiente.

2. ABNT NBR 14605-1

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou a NBR 14605-1, que especifica requisitos para sistemas de separação de água e óleo. Esta norma técnica detalha o projeto, instalação e manutenção de caixas SAO, fornecendo um guia para a conformidade com as melhores práticas ambientais.

3. Leis Estaduais e Municipais

Além das normas federais, existem diversas legislações estaduais e municipais que podem estipular requisitos adicionais para o tratamento de efluentes industriais. Empresas devem estar cientes das exigências locais para garantir a plena conformidade.

Estas leis e normas refletem o compromisso do Brasil com a preservação ambiental e a gestão sustentável dos recursos hídricos. A implementação adequada de caixas SAO, em conformidade com estas regulamentações, é essencial para as indústrias que buscam minimizar seu impacto ambiental e operar dentro dos parâmetros legais.

Considerações de projeto e operação

Para uma eficácia máxima, as caixas SAO devem ser corretamente dimensionadas de acordo com o volume e características dos efluentes tratados. Manutenção regular, como a remoção de óleo acumulado e inspeções, são essenciais para garantir o funcionamento adequado do sistema.

Conclusão

A caixa separadora de água e óleo é um componente crítico nas práticas de gestão ambiental de várias indústrias. Ao separar e remover eficazmente óleos e graxas dos efluentes, estas unidades não só ajudam a proteger o meio ambiente, mas também facilitam a reutilização da água e contribuem para a sustentabilidade operacional. A implementação desses sistemas reflete o compromisso das indústrias com a responsabilidade ambiental e a conformidade regulatória.

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